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A Quatro Mãos

Nos tempos livres, eu e a minha mãe dedicamo-nos aos trabalhos manuais. É um vício que nos tem perseguido toda a vida e que funciona com terapia nos momentos de maior stress.

A Quatro Mãos

Nos tempos livres, eu e a minha mãe dedicamo-nos aos trabalhos manuais. É um vício que nos tem perseguido toda a vida e que funciona com terapia nos momentos de maior stress.

Relançamento

18
Abr20

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Em tempos de confinamento devido à pandemia da Covid-19, eu e a minha mãe decidimos ocupar parte do tempo a executar alguns trabalhos manuais. Com maior (ela) ou menor (eu) regularidade, sempre nos dedicámos à arte do croché, da tricô, do ponto-cruz e do ponto de Arraiolos. Já executámos quadros, tapeçaria, vestidos, casacos, cachecóis, picôs, bijutaria, toalhas, entre outros trabalhos. Alguns para nós, outros para oferecer. Acreditamos que uma peça feita por nós, executada a pensar na pessoa a que se destina, tem um valor acrescentado. A reacção das pessoas a quem as oferecemos só reforça esta nossa convicção. Em alturas de crise económica como a que já estamos a viver, esta é também uma forma de oferecer algo personalizado sem gastar muito dinheiro.

 

Até há cinco anos, mantivemos activo um blogue com este mesmo nome – A Quatro Mãos -, que era actualizado de forma muito irregular. Por circunstancialismos da minha vida profissional, e em acordo com a minha mãe, decidi apagá-lo. Na altura, não nos fazia sentido manter um espaço ao qual não dedicávamos quase tempo algum, apesar de mantermos a mesma paixão pelos trabalhos manuais e não obstante ao longo destes cinco anos termos executado várias peças. Novamente, mais a minha mãe do que eu.

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Contudo, uma vez que este período de confinamento nos deixa mais tempo livre, decidimos relançar o blogue. Mantemos o nome – A Quatro Mãos – por acharmos que faz todo o sentido. Embora a maioria das peças seja executada por apenas uma de nós, resultam quase sempre de uma troca de ideias e de incentivos mútuos. Encontramos nos trabalhos manuais não apenas uma forma de executar presentes personalizados ou peças úteis e decorativas para nós, mas também de relaxarmos e darmos asas à imaginação. Manter a mente concentrada, mais ainda com trabalhos de mão, é um modo de combater também os efeitos (físicos e psicológicos) do envelhecimento.

 

Não prometemos actualizar o blogue todos os dias (talvez nestes 15 dias que faltam para o fim do estado de emergência isso possa acontecer), mas esforçar-nos-emos para o fazer pelo menos uma vez por semana. Falaremos dos trabalhos que temos em execução, dos que fizemos no passado, recordarei algumas das técnicas que aprendi na escola primária e preparatória, de livros e revistas que abordam os trabalhos manuais, de história e memória, de reciclagem e de algumas artes que gostaríamos ainda de aprender (como a costura e a renda de bilros). E de tantas outros assuntos que se nos afigurem interessantes. Queremos que este blogue vá por onde a nossa imaginação (e tempo) o conduzir. Sem amarras. Em plena liberdade.